sexta-feira, outubro 05, 2007



"Sartre coloca os homens como a desgraça dos próprios homens, e a si mesmo, narrador-protagonista, como um personagem desgraçado, tentando não influir na vida de ninguém, por saber que a consequência de todo ato é essencialmente contingente. É um cara sozinho, com tendências suicidas pela falta de sentido da vida. Não vê saída, as contingências sempre existirão e isso é estar vivo. Já o suicídio é o fim, é a ausência do ser e tem menos sentido que a vida, porque se matar pela falta de sentido é nada mais que acreditar na ordem que nos é imposta de que em tudo deve haver sentido."
Comentário sobre "A nausea" do Jean Paul Sartre.

quem nunca pensou em desistir em algum momento?
talvez na tenra infancia ou na inflamada juventude.
na solidão e vazio da maior idade. (?)

uma pequena releitura dos poetas suicidas russos, um pequeno contato com os existencialistas e logo conclui-se: viver não é fácil.

ahh quando olho pra meus tropeçosos passos, eu percebo, viver não é fácil.
porque deveria?
dizem por ae que a vida é a maior aventura que pode existir, e sim não sairemos vivos. (?)

a morte é uma certeza incerta tabu... pode acontecer por agora ou por depois.
sendo-para-a-morte como ser-aí, aqui ou no mundo-que-mata?

e como é essa história de viver sem sentido?
esse tal de para-si, essa coisa de para-o-outro...

melhor "parar" mesmo, e re-parar na beleza dessa primavera que sutil me enche os olhos.
nenhum sentido a mais eu quero que aquele que não se faz sentir..
e acredite nao consigo descrever como tanto sinto.
talvez um dia até o inverno trará o sentir, além sentir-dor, além das muitas reflexões.
além de mim que passarei...

escrevo, perpetuo, e assim nem sempre atuo.

"porque brincar é coisa séria."
ahh Paulo Paz que verdade.!
As palavras que o digam.!

ricardo





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