terça-feira, maio 10, 2011

Sobre a juventude e o sentido da vida



O Eclesiastes foi escrito por um homem envelhecido, pelo tempo, e também com uma alma velha. Salomão chegou ao fim da vida e constatou – ela é breve. A juventude passa rápido. A morte é uma certeza indesejada. E agora, próximo do fim, ele confidencia seus pensamentos a uma nova geração que está iniciando sua caminhada.
Sua grande questão faz coro com toda a humanidade – “Qual o sentido da vida?”. A vida vale a pena? – seu temor era morrer sem descobrir porque motivo viveu. Ele é pessimista – nada faz sentido, tudo é vaidade, é névoa de nadas, bolha de sabão, é correr atrás do vento.

Salomão olha ao seu redor, todas suas conquistas agora jazem frias. Não adiantou de nada. De repente uma memória faz seus olhos brilharem. Ele finalmente pode compreender o exercício da vida, essas palavras são seu maior legado ao jovem caminhante: “Honre e desfrute do seu Criador enquanto você é jovem, antes dos anos que trazem o preço de diminuir a força, antes que a visão escureça e o mundo pareça confuso, antes que os anos de inverno o prendam perto do fogo”.

Sim, antes de qualquer projeto, é preciso lembrar-se de não esquecer – existe um Deus Criador digno de honra e ser desfrutado, Ele é fonte de prazer indizível. É um apelo simples demais para não ser compreendido – Não viva como se Deus não existisse! É a única forma da juventude não se tornar vã, de os dias serem sábios, de dar um olé no vento e nas vaidades.

O tempo não para, as forças se vão, mas aqueles que confiam em Yahweh permanecem para sempre. Sejam velhos, sejam moços. A vida aqui é apenas o começo de uma realidade maior.

Ricardo F. Silva
Livre, preso, pleno, em Cristo
10/05/2011