terça-feira, março 23, 2010



Por que, Deus, me fez maldito, entre radicais?
todos querem um pedaço meu
estou partido e não me entrego!
Maldito eu!

Quero deslizar nas nuvens
padeço, pedaço, dado, corrompido
era preciso um pouco de fé no incerto
malditas certezas constragedoras!
malditos pináculos do templo!
malditos momentos de dor! (dor-ar!)
ainda se zomba, do risco que se impoe

Sobre o corpo, antes da cirurgia
que parte em pedaços o alimento, dor-dado eterno
malditas certezas absurdas!
me salvam ainda! malditas!
como se pudesse, simples, sem fé
viver em mim
tão fora do lugar sonhado
que um dia adormeci

quinta-feira, março 11, 2010

Fui, ser.


Lembranças, sonhos, devaneios
Algo não está aqui, eu perdi
Fora a impossibilidade do encontro, me perco
Nas estradas da perdição, talvez haja tato
Nem tanto, mas a fala.
Seria real a cura que se opera;

Espero, pelo tempo e seus juízes
Por ele, que separa o que lhe apraz
Brinca comigo e me faz melhor
Caminho que tanto desconheço em vida
Me faz chorar por ontem, quando
Em outra estrada decidia amar
Em erro, agora, desejo as
Virtudes que faltaram lá, e que
Re-fazem-me-a, vida peregrina, minha sorte
Minha sina, minha tristeza, que agonia...

Essa de errando, errar.

Que alvo difícil, quando tão embriagado caminho
Meu Deus, nunca me permitirás voltar, e
Se voltasse, por mim, não asseguro que
Seja o correto, o acerto, o melhor
Veja com graça, ao menos, o presente que se dá
Se derrama em possibilidades, em vida
Dê-me vida para amar
Amor parar me juntar ao possível
E satisfeito andar
Sempre vou te amar, mas lamento nessa vida
Em minha dificuldades, pouco honrar (a ti, o Outro)
Sou doente, confesso, cura-me
Com amor eterno, e o tempo
Que se vai-indo-já, junto com o vento
Do Espírito, fica-vai-volta em memória
Que tortura tanto, sempre alegra
Quando sei que naquela prima oração, sempre

Fui teu.

Poems my friends, poems.


Poesia no segundo dia
A arte da fraqueza, me perca
Para não se perder, lutar, correr
Sonhar, sofrer
Viver o aqui, o segundo exato, suspirar
Ex-inspirar
Apertos, logo aqui, aqui...

E lá não existe, e lá é real!
Quando aqui era lá, que fácil cantar
Viver, o que não pode, o que não é
Faz sorrir, desdenhar, o sofrer
Como se viver, não fosse o morrer, agora
Dia a dia, a cada momento
Me sinta sem sal, saleiro
Viajando na luna, caminhando ao além

Hoje, viverei
Atirando contra mim para morrer
Para as perfeições, insistentes
Me rebaixam, ao titulo e mérito
Da vergonha, de me impor
Meu Deus, eu que sou fraco
Permita-me sofrer...
Sendo eu.