terça-feira, junho 08, 2010



Ao menos moro no alto das montanhas
E o que importa se aqui passa carros?
Ter ar gélido, tem marrom, ar temperado
Doce, como um espetáculo

Como (?) se tudo que pedi, fosse isso (aqui)
No dia que sonhei
Mal sabia, tardia o en-tarder-ser
Vento frio

Como chegará a noite?
Talvez alegria- que outros chorem!
Os invernos da vida!
Já me bastam estes, vinte e poucos outrora...
Já me basta de ser pedaço ao vento e re-lento
Se penso, o que?
Se me vês, me diga, meu ser
És tu, impostor, trai-dor, conserva-dor
Frio e dor
Ou é só o outro, batendo na porta, pedindo coragem
Gemendo, sonhando, relento, montanha e vento
Se os carros que passam, são para desprezo
Se a vida que se leva, é para a frente
e se perdeu a linha, perdeu a corrida...

A esperança, não tem estação, é maior que a vida.
E a vida, sobre as montanhas, manda noticias.
Extra extra, nasce mais um, perdedor, fracasso e cruz
E olha a vergonha, pasmem- ela não era dele...!

Um comentário:

Chá De Boldo disse...

Frio e dor...

... a esperança não tem estação...



finíssimo...