sexta-feira, janeiro 16, 2009
terça-feira, janeiro 13, 2009
A luz nem era assim tão clara...
A luz nem era assim tão clara...
Quando meus olhos
----------------se fecharam
------------------------a dor abriu-me o peito
---------Sentimento sem respeito,
Sem mácula
--------tão perfeito
----------------tal defeito!
Caminho que finda na escuridão
...
Meus sapatos guardam réstias
--------------------------de estradas
---------------------------------trilhadas outrora
A luz nem era assim tão clara...
--------------------------e a perfeição já gritava
--------------------------------------------nos meus olhos (?)
Acorda!
-----já é hora!
----------vida que te custa a morte!
Riso que te custa
-------------lágrima (s)
------------------luz que te paga o breu.
Vida que pariu o medo
-----------------ao leste o abrigo
-----------------------------do afogado verso
Sem brio
-------Sem cor
-------------Sem sentido
----------------------com dor
------------------------------temo a vida!
..........................................................................................................
Com a honra da parceria gulariana de Lucas de Oliveira,
poeta e calvinista contrariado.
Abraço.
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Sobre a dor deixada...
Fica uma dor e ainda bem
é bom deixa-la e partir
não levarei-a
talvez não para sempre
e assim não será
por algum momento sou livre
sou pleno
e existo
Não teve pão de queijo
e não-pouco doeu
e chorei
e compreendi
a morte
é o fim para vida
Agora que me falta morrer
Caminho para o matadouro
sem laços que não sejam amor
sem caminhos que não sejam ternura
sem vida que não seja entrega
sem droga nas sacolas
sem merda na cabeça
sem estar alto
me elevo
E não posso mais morrer
a vida me alcançou bela
e triste
partiu
não para sempre
mas já não importa
agora que sei que és triste e feliz
viver
Agora é o tempo
é o tempo
o tempo de partir
sem dor
E me entregar para doer
E que doa mais que
a dor que eterna carrego, dentro de mim
e se for, o que duvido
eu rirei na cara dela
e chorarei
feliz pelo privilégio de sentir
algo que fere, não morre, não-mata
não mais...
...................................
E se sempre doer...
ainda,
poderei amar.
Ricardo F. Silva
(Nuwanda)
"E é só você que tem a cura pra meu vicio de insistir, nessa saudade que eu sinto... de tudo que eu ainda não vi."
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