Por que, Deus, me fez maldito, entre radicais? todos querem um pedaço meu estou partido e não me entrego! Maldito eu!
Quero deslizar nas nuvens padeço, pedaço, dado, corrompido era preciso um pouco de fé no incerto malditas certezas constragedoras! malditos pináculos do templo! malditos momentos de dor! (dor-ar!) ainda se zomba, do risco que se impoe
Sobre o corpo, antes da cirurgia que parte em pedaços o alimento, dor-dado eterno malditas certezas absurdas! me salvam ainda! malditas! como se pudesse, simples, sem fé viver em mim tão fora do lugar sonhado que um dia adormeci
Lembranças, sonhos, devaneios Algo não está aqui, eu perdi Fora a impossibilidade do encontro, me perco Nas estradas da perdição, talvez haja tato Nem tanto, mas a fala. Seria real a cura que se opera;
Espero, pelo tempo e seus juízes Por ele, que separa o que lhe apraz Brinca comigo e me faz melhor Caminho que tanto desconheço em vida Me faz chorar por ontem, quando Em outra estrada decidia amar Em erro, agora, desejo as Virtudes que faltaram lá, e que Re-fazem-me-a, vida peregrina, minha sorte Minha sina, minha tristeza, que agonia...
Essa de errando, errar.
Que alvo difícil, quando tão embriagado caminho Meu Deus, nunca me permitirás voltar, e Se voltasse, por mim, não asseguro que Seja o correto, o acerto, o melhor Veja com graça, ao menos, o presente que se dá Se derrama em possibilidades, em vida Dê-me vida para amar Amor parar me juntar ao possível E satisfeito andar Sempre vou te amar, mas lamento nessa vida Em minha dificuldades, pouco honrar (a ti, o Outro) Sou doente, confesso, cura-me Com amor eterno, e o tempo Que se vai-indo-já, junto com o vento Do Espírito, fica-vai-volta em memória Que tortura tanto, sempre alegra Quando sei que naquela prima oração, sempre
Poesia no segundo dia A arte da fraqueza, me perca Para não se perder, lutar, correr Sonhar, sofrer Viver o aqui, o segundo exato, suspirar Ex-inspirar Apertos, logo aqui, aqui...
E lá não existe, e lá é real! Quando aqui era lá, que fácil cantar Viver, o que não pode, o que não é Faz sorrir, desdenhar, o sofrer Como se viver, não fosse o morrer, agora Dia a dia, a cada momento Me sinta sem sal, saleiro Viajando na luna, caminhando ao além
Hoje, viverei Atirando contra mim para morrer Para as perfeições, insistentes Me rebaixam, ao titulo e mérito Da vergonha, de me impor Meu Deus, eu que sou fraco Permita-me sofrer... Sendo eu.