sexta-feira, maio 30, 2008
fragmentos de auto-análise
que presente inexistente tanto me assola!
que vida invernal me sucumbe...
tantas tábulas rasas
me perco em representações de mim
vejo eu em cada um
partes dissociadas, inertes
inativas
agressivas
bizarras
dificil ser assim quem se é
parte sempre do outro
pedaços da dor alheia
o inverno chegou árido
ele nunca não-surpreende
é algo somado ao frio
aquela parte do ano e mais
semelhante ao paraíso
é como tomar bom café todos os dias,
e ir com ela a todos os lugares
ter livros em punho.
bons filmes.
amigos.
esse não é o inverno,
ele não é assim,
tudo fere
até a primavera chegar...
ricardo.
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4 comentários:
Nice blog. Thats all.
A dor... o ferimento... tão destruidora e construtora, tão misteriosa e tão reveladora... apesar do sofrimento momentaneo, as feridas servem para uma reconstrução que supera a já passada. Ela parece ser inseparável do crescimento, da evolução... não me recordo onde vi a frase... "não há conhecimento que não traga junto um pouco de sofrimento"
Resta-nos aprender a lidar.
ótimo post!
Surpreendente... Mais ainda quando "tudo que fere" passa a ser a cura.
A ferida que arde pra curar outras dores... outros seres... outros de nós... Os 'eus' que existem em mim.
Ferindo para curar..
dores da alma... o frio que corta a pele... e o amor que não se apaga do olhar, por forte que seja o vento gelado desse inv(f)erno...
Deus te bendiga, amigo!
As feridas vem e vão, mas cada dor nos ensina e cada cicatriz, nos marca. Com o conhecimento da dor vivida e superada vamos seguindo e crescendo, e gostei do que disse sobre o café.
Muito bom.
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