sexta-feira, maio 30, 2008
fragmentos de auto-análise
que presente inexistente tanto me assola!
que vida invernal me sucumbe...
tantas tábulas rasas
me perco em representações de mim
vejo eu em cada um
partes dissociadas, inertes
inativas
agressivas
bizarras
dificil ser assim quem se é
parte sempre do outro
pedaços da dor alheia
o inverno chegou árido
ele nunca não-surpreende
é algo somado ao frio
aquela parte do ano e mais
semelhante ao paraíso
é como tomar bom café todos os dias,
e ir com ela a todos os lugares
ter livros em punho.
bons filmes.
amigos.
esse não é o inverno,
ele não é assim,
tudo fere
até a primavera chegar...
ricardo.
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