terça-feira, maio 16, 2006


exploro meus momentos infelizes para escrever
cuido com cuidado para eterniza-los em palavras sem sentido
o que dizer?
traço um dialogo comigo ou com o imaginario que me cerca...

novamente estou só...
se tivesse coragem, falaria sobre os pais que não tive..
eu não seria sábio...
já sei... o quanto de mim me custará minha vida...
tudo...
eu não sairei ileso...

tanto potencial...
tudo aq tão perto, porque o perco...
porque me perco...

eu não sei do que preciso...
talvez de amor
afeto
carinho...

mas essa dor constante...
esse sentir vazio...
essas músicas belas, a arte... o deslumbrar das belezas em tom de cinza...

quero mais dias de chuva
não desisto de pensar...
as vezes sinto que só isso me é
me resta inteiro nos fragmentos que coleciono dia a dia...

estou chorando

nada me salva, nada me resta...
opressores, já desisti de suas formulas prontas
vcs nao me convencem...

sou complexo, estranho...
imprevisivel...
tão bom, tão mau...

ainda ganharei o mundo sustentando crenças falsas?
ainda lutarei por causas vãs?
provavel...
mutável
como o vento
chegou o inverno...
está tão frio
e não há mais esperanças
quadros em meu nome, notas musicais, palavras, ouvidos...

drogas
uma velha geraçao renascendo na hipocrisia e ilusão interior q cegamente sustento...
elas me salvariam
se ao menos vc estive mais perto
eu ainda creria...

como compreende-los? como ir até eles?
pessoas
meus sonhos
eu

desconectar-me...
perder-me de mim...
no mundo...
tão avesso

meu desprezo

ainda me resta algo
um dia descobrirei
...
..
.
os ponteiros caminham pra isso
prefiro pensar...